sábado, 12 de setembro de 2009

A morte dela.

Eu estava ao seu lado. Ela só estava quase um passo em minha frente. Íamos atravessar a rua, e eu me descuidei. Ela correu. O carro que vinha em alta velocidade não parou. E passou. E eu vi. Eu não fiz nada. Não me mexi. Não pisquei. E eu a vi deitada, no asfalto, como se dormisse. Ah, o que eu fui fazer? Porque a deixei? Era minha irmã. Ela tinha que ir na frente? Porque não segurou minha mão? Minha mãe, me empurrou e se jogou em cima dela. Ela não quis saber como eu estava e ainda por cima me julgava. O que eu fui fazer? O que eu podia fazer? Eu sai. Fui embora ouvindo mil coisas. Eu corri, fugi, como sempre, tinha que ser assim, ia ser assim.

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