quarta-feira, 20 de maio de 2009

O Morcego e a Borboletinha.

Eu lhe entendo, borboletinha ..
Eu ia fazer algo errado .. mas pensei duas, três, quatro vezes .. e sai.






Chegando em casa, Emy - a borboletinha - sorri para a mãe, corre para seu quarto, abre seu diário e começa a escrever. Ela conta que conheceu um novo amigo, Embry, - o morcego - e estava muito feliz por isso. Ele parecia ser muito legal e confiável, apesar de seu jeito estranho de ser.

No outro dia, Emy saiu animada para a casa de Embry, que a esperava assistindo '' Os Estranhos '' e comendo pipoca em sua velha poltrona. Assistiram o vídeo, a pobre Emy se arrepiava com cada grito que vinha da tv. Ficou tarde e Emy pediu para Embry se ela podia dormir lá, o Embry aceitou, mas com um porém, ela teria que fazer tudo o que ele mandasse. A pequena e singela borboleta Emy, aceitou, aliás, ela não tinha a menor ideia do que aconteceria naquela noite. Pobre Emy, se enganou outra vez.

Embry fazia Emy de gato e sapato, mas de um jeito com que ela não ficasse chateada com ele e ainda se sentisse culpada. Como? veremos.

- Emy, faz massagem nas minhas costas por favor?
- Mas Embry, estou cansada. Acaba de me pedir para te ajudar a arrumar a sala e seu quarto, mas só eu o fiz. Estou cansada..
- Ah ! Mas tu só pensa em ti mesma não é? Estou com uma dor imensa e tu vem dizer que está cansada só por arrumar um simples e pequeno quarto? Mas você só pensa em si mesma ..

Emy se sentindo culpada por pensar daquela forma, foi logo fazendo a massagem em seu amigo morcego. E foi assim a noite toda, Emy pra lá e pra cá, facilmente manipulada, fazia tudo que Embry mandava. Mas, Emy cansada quis logo ir dormir, logo não, já passavam da meia noite.

- Pegue um cochonete no porão para você, pois eu dormirei em minha cama.
- Onde fica o porão? - perguntou Emy exausta.
- Lá em baixo oras.

Emy desceu as escadas, e finalmente no final de um corredor, avistou a porta do porão, velho, sujo, cheio de teias de aranha .. horrível! Ela acende a luz, pois é tão escuro que fechando os olhos ficaria mais claro. Avistou o cochonete no fundo do porão. De repente, as luzes são apagadas. Emy só escuta o bater da porta. Ela estremece. O interruptor está longe demais dela, ela tropeça na escuridão. Escuta um bater de asas.

-- Há mais alguém aqui? Quem enxergaria nesse escuro? -- pensa a borboletinha.

Algo lhe segura pelo braço, e com a outra mão arranca seu vestido. Agarra sua nuca, abocanhando seu pescoço. No começo ela toma um susto, depois ela vai deixando-se levar, e gosta. Ela se excita. E por simples impulso, ela senta na mesa onde estava escorada. A mão que estava em sua nuca, desce para seu seio direito. Ela se assusta:

- Não ! - suplica ela.
- Hoje você faz o que eu mandar - responde uma voz grossa e áspera, mas ao mesmo tempo, familiar.

Ela quer sair dali, ela se depate contra ele. Quando ela pensa que terminou, se afasta e tropeça de novo, pedindo para ir embora.


- Eu ainda nem comecei - responde.

Borboletinha tenta correr mas pisa em algo e cai de quatro no cochonete. Ela tenta escapar mas é surpreendida. Depois de horas de horror, horas de dor e tensão para a pobre Borboletinha, ele sai, vai em direção a porta e ao abri-la Emy ainda no cochonete meio inconsiênte olha para ele, a luz do corredor ilumina o rosto de seu estuprador. E de imediato, ela reconhece o morcego e fecha os olhos.

Emy - a borboletinha - acorda num susto. Olha em volta e vê que está em seu próprio quarto. Corre para a cozinha onde sua mão fazia o café-da-manhã.

- Quem me trouxe pra casa mãe?

- Como assim filhinha?

- Cadê o morcego?
- É melhor você voltar a dormir Emy ..
-- Não, não foi um sonho -- pensa a borboletinha, recusando a aceitar a hipótese.


'' Você só pensa em si mesma ! ''
A voz lhe atormentava todas as noites ..





E então eu sai, sai e não perdoei. Eu não quero saber, eu não estou nem ai. Agora eu vou ser assim e pronto. Não, eu não confio em você. Quero é que morra.


Momentos de revolta ...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

cuidado com o que pensa, não com que escreve. (: