sábado, 30 de maio de 2009

Oh querida Clementina.

All about you.


"Por que me apaixono por toda mulher que me dá qualquer tipo de atenção?''





- Eu vou casar com você, eu sei disso.

- Tá.

- Você deve ir ao charles comigo qualquer dia. Fica congelado nessa época do ano.

- Dá medo.

- Exatamente, vou preparar um piquenique. Um piquenique noturno, piqueniques noturnos são diferentes. E poderiamos...

- Isso é bom... mas agora eu devia ir...

- Não, você devia ficar...

- Não, eu... tenho que acordar muito cedo.

- Gostaria que me ligasse... Faria isso? Eu ia gostar...

- Sim

(Cleam escreve o numero na mão dele) Joely sai do apartamento e Cleam aparece na janela:

- Diga “feliz dia dos namorados” quando me ligar! Isso seria legal...

(Joely chega em casa e fica em duvida se liga ou não. Mas acaba ligando)

- Por que demorou tanto?

- Acabei de chegar!

- Sentiu saudade?

- Estranhamente sim...

- Você disse “sim”... Quer dizer que estamos casados...

- Acho que sim...

- Amanhã à noite? Lua-de-mel no gelo?

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- Eu poderia morrer agora, e seria o cara mais feliz do mundo.

- Verdade?

- Verdade.

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- Então vá.

- Eu fui. Eu achei que talvez você fosse louca. Mas você era interessante.

- Eu gostaria que você tivesse ficado.

- Eu gostaria de ter ficado também. AGORA eu gostaria de ter ficado. Eu gostaria de ter feito muitas coisas. Eu gostaria de... eu gostaria de ter ficado. Gostaria.

- Eu desci e você tinha ido. Por quê?

- Não sei. Senti-me um menino apavorado, era mais forte que eu...

- Estava com medo?

- Estava. Pensei que soubesse que eu era assim. Corri de volta pra fogueira, tentando superar minha humilhação, eu acho.

- Foi alguma coisa que eu disse?

- Foi. Você disse “então vá” com tanto desdém, sabe?

- Me desculpe.

- Tudo bem. (Joel vai caminhando até a porta).

- E se você ficasse desta vez?

- Eu saí pela porta. Não sobrou nenhuma lembrança...

- Volte e faça uma despedida ao menos. Vamos fingir que tivemos uma... Adeus, Joel.

- Eu te amo...

- Encontre-me em Montauk...

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- Joely?

- Sim, Tangerina?

- Eu sou feia? Quando criança eu me achava feia... Não acredito que estou chorando... Às vezes acho que as pessoas não entendem a solidão de ser criança, como se você não fosse importante. Eu tinha oito anos e tinha esses brinquedos, essas bonecas... A minha preferida eu chamava de Clementine, e eu gritava com ela: “Não pode ser feia, seja bonita!”. Estranho como se, caso eu pudesse transformá-la, eu também mudaria, magicamente.

- Você é linda! (ele deita em cima dela e beija seu rosto)

- Joely, nunca me deixe.

- Você é linda! (Vemos a imagem sumir com Joely se agarrando na colcha enquanto é arrastado desta lembrança). Ele grita:

- Mierzwiak, por favor, por favor, deixe-me guardar esta lembrança. Só esta!

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- Espere.

- O que?

- Não sei, só espere... Quero que espere... Um pouco...

(eles se olham por um tempo)

- Tá.

- Mesmo?

- Não sou um conceito, sou só uma garota fudida procurando paz de espírito...
Não sou perfeita...

- Não vejo nada que não goste em você...

- Mas verá!

- Agora eu não vejo!

- Eu vou ficar entediada e me sentir presa... Pois é isso que acontece comigo... você me conhece, eu sou impulsiva.

- E é isso que eu gosto em você.

- Ok.

( Os dois se olham e riem.)


"Quão feliz é o destino de um inocente sem culpa? O mundo em esquecimento pelo mundo esquecido. Brilho eterno de uma mente sem lembranças. Cada orador aceito e cada desejo renunciado."

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