quarta-feira, 17 de junho de 2009

Suja


Suja, imunda. É isso que sou. Eu não presto, ou até sim. Presto para apodrecer. Não sei. Não sei o que fazer. Fazer para viver, para me redimir. Foi imundo, sujo, nojento. Doentil. E como faço? Simplesmente pra desfazer, para mudar? Não dá. Não tem como. Já era. Já foi, e agora vai ser outra coisa. Já notou que, você passa horas e horas para montar um castelo de cartas, e com uma pequena respiração fora de ritmo, você a derruba? Teria você, que para de respirar, talvez, por pouco tempo, sim. Só para ter certeza que não a derrubaria, é simples. É fácil. Basta se concentrar. Basta, ter um ritmo perfeito. Algo sem erro. Mas, apenas um erro, pode estragar simplesmente tudo. Não tudo talvez, mas demorará. Para ser perfeito. Perfeito de novo. Talvez, nem volte a ser. Quem sabe? Ninguém. Foque-se no que está fazendo. Foque-se no seu objetivo. Nada sairá errado.

Você ama? Já amou ou pretende? Cuidado então. Cuidado com ela, cuidado com o que você diz, pensa, faz. Cuidado consigo. Cuide amando. Não se arrependa de nada. Nem dos erros. Pos foram eles que ti fizeram ver se você ama ou não alguém, a ponto de saber se errou ou nao. Mas, se errou, prove. Prove que errou, prove que pode apesar de ter errado, se redimir. Provar que se arrendeu por mais que não devesse. Prove que ama. Que ama de verdade.

3 comentários:

  1. "Eu, só por ter tido carinho achei que amar fosse fácil" (Clarice Lispector)

    Certo, existe o medo de respirar mais alto e derrubar o castelo de cartas, mas amar tbm é compreenção... nem o erro é desperdicio, o tempo faz tudo valer a pena...

    se cuida

    Mari

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cuidado com o que pensa, não com que escreve. (: